21/12/2013

DEUS QUE SEMPRE VAI AJUDAR


Sl. 12.5 / Is.41.10


INTRODUÇÃO: Na nossa pequena mente as vezes pensamos que Deus não pode fazer ainda grandes coisas, Deus sempre está pronto para ajudar, mas neste esboço, há quatro classes que Deus se interessa e age imediatamente.
Ele quer ajudar:


1) OS CANSADOS E SOBRECARREGADOS CANSADOS da vida, dos problemas, das dificuldades, desanimados (há uma carga pesando na sua vida?) Deus quer dar o alívio imediato, Deus se preocupa sim com sua vida cansada, sem ter esperança, sem ter paz, Ele vai te tirar agora esse peso que você não consegue nem caminhar nesta vida (Mt. 11:28 ; Sl. 10:18)
OS SOBRECARREGADOS (Os oprimidos) - São aqueles que sofrem opressões tanto do mundo como das pessoas e as demoníacas - há gente que vai a terreiros dizem lá que vai descarregar tudo, mas voltam como mulas e cavalos de cargas de Satanás e seus demônios, Jesus agora vai tirar esse peso essa opressão, você vai dormir em paz tranqüilo (Sl. 4:8), Jesus vai te libertar neste culto, a opressão vai sair, os demônios vão fugir. Há poder no sangue de Jesus doenças serão eliminadas, Ele quer tirar o peso da opressão, se você quer levante a tua mão (Você que está ministrando cuidado fique atento pois demônios podem neste momento tentar oprimir vidas que ainda estão sendo escravizadas nesta mensagem eu tive uma experiência). Jesus quer libertar e ajudar essas vidas.

2) OS DECEPCIONADOS E AMARGURADOS - Mas Jesus nunca decepciona ninguém DECEPÇÃO (é a desilusão, é o desenganado, é o caído) - Mas Jesus se levanta do trono agora.
AMARGURA - É a tristeza colocando suas garras e invadindo o coração do homem, deixando raízes profundas na alma (oh cansado, oh amargurado, oh triste Jesus vai te ajudar)

Ele ajudou RUTE (Rt. 1:20)
Ele ajudou Ana (I Sm. 1:10)
Ele ajudou o paralítico de Betesda (Jo. 5:5-8)
Ele vai te ajudar agora

3) OS DESESPERADOS E AFLITOS - aqueles que perderam... tudo e ainda mais... Perderam a vontade de viver, a esperança de acreditar em alguma coisa (mas creia somente Maria e marta estavam em aflição seu irmão morreu (Lázaro) , mas Jesus disse se creres verá a Glória de Deus, creia que Ele está te vendo agora nesta aflição.

Ele viu Daniel na cova.
Ele viu Ananias, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abedenego), na fornalha ardente.
Ele viu as multidões como ovelhas sem pastor.
Ele viu o choro de Hagar no deserto.
Ele viu Jó na aflição depois de todas as percas possíveis que um homem pode ter na vida.
Ele quer mudar essa insegurança, de quem está inseguro, Ele quer tirar o sofrimento desta ansiedade (I Pd. 5.7; Jó . 6.26; Gn. 16:17; Jo. 16.33).

4) OS QUE NÃO TEM SALVAÇÃO
Os deuses, ídolos, homens, objetos, mantras, simpatias, benzimentos, pagamento de promessas, velas a mortos não tem o poder de salvar a vida do homem, não podem salvar - Só em Jesus Cristo temos a salvação Ele quer te salvar (At. 4.22; Fp. 2.12; Rm 13:11).

CONCLUSÃO: Deus quer te ajudar agora, basta você chegar até a Ele, aquele que vem a Mim de modo nenhum Eu lançarei fora.

Quem é o Pastor Luis DicaraCasado, Conferencista Internacional e pregador atuou no Campo de Missões no Brasil e no Exterior, Mestre em Missiologia, Teólogo, escritor, articulista, Representante do CNPB (Conselho Nacional dos Pastores do Brasil), presidente do Projeto Despertar das Nações, diretor interclesiastico da FATEDNS (Faculdade Teológica Despertar das Nações) Membro do Conselho e da Academia Cultural de Missões Cristocêntrica), Ministro de Evangelho ordenado pela Convenção Nacional das Assembléias de Deus (CONAMAD), atualmente é pastor auxiliar na Sede das Assembléias de Deus em Campinas - São Paulo. Foi Preletor em vários congressos, conferencias e seminários no Brasil e Exterior, Professor de Homilética, Ética Cristã e Escatologia, Tem vários estudos e mensagens gravadas em Cds, Dvds.

O DOMÍNIO DA LÍNGUA


Tudo o que existe em nosso universo veio a existir pelo poder da palavra. Deus falou, e nosso mundo veio a existir. Quando ele formou o homem, a mais elevada das criaturas terrestres, Deus o abençoou com a capacidade de se comunicar. Podemos falar, e até mesmo escrever, porque Deus nos deu o dom da linguagem. Quando o diabo usou palavras mentirosas para tentar Eva, ela e seu esposo caíram em pecado (Gênesis 3). Quando os homens abusaram da boa dádiva da comunicação para se exaltar e desobedecer a Deus, ele confundiu suas línguas para forçar povos diferentes a se separar e povoar a terra, como ele tinha ordenado anteriormente (Gênesis 11:1-9; veja 9:1).
Mesmo que os homens tenham freqüentemente abusado de suas palavras, a capacidade de se comunicar ainda é uma bênção. Quando o próprio filho de Deus veio ao mundo, ele foi descrito como a Palavra (João 1:1, NVI). É pela proclamação de sua mensagem, o evangelho, que chegamos a conhecê-lo e a obedecê-lo. O evangelho

"é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Romanos 1:16).

"E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Romanos 10:17).
Os discípulos de Jesus têm a responsabilidade de ensinar o evangelho a outras pessoas. Paulo encorajou Timóteo a cumprir esta missão:

"Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo 4:2).

"E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros" (2 Timóteo 2:2).
A língua, portanto, é uma força poderosa. Pode ser usada para o bem, como Deus pretendia, para exprimir amor e oferecer salvação. Ela também pode ser usada para o mal, com efeitos desastrosos que conduzem à condenação. Estas duas possibilidades são claramente contrastadas em Tiago 3:1-12. Consideremos este importante texto e suas aplicações em nossas vidas.

"Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo" (3:1).

Quando separado de seu contexto, este versículo parece contradizer os mandamentos e exemplos do Novo Testamento que ressaltam a importância da pregação da palavra (Marcos 16:16; Atos 4:31; 8:4; 1 Tessalonicenses 1:8; Hebreus 5:12). Em seu contexto, o versículo tem sentido. Os cristãos a quem Tiago se dirigia eram afligidos por atitudes carnais que criavam discórdia e divisão entre eles. Alguns praticavam uma religião exterior, que não vinha do coração (1:21-27). Eles tratavam as pessoas de modo diferente, baseado na sua riqueza (2:1-7). Eles eram perturbados por guerras, contendas e cobiça (4:1-4). Alguns estavam falando mal e julgando deslealmente seus irmãos (4:11-12). Qual era o problema? Parece que a raiz destes problemas podia ser encontrada em alguns professores arrogantes, que estavam mais interessados em conquistar seus próprios seguidores do que em serem seguidores de Cristo. Eles seguiam e ensinavam a sabedoria humana, em vez de proclamarem a pura mensagem da sabedoria de Deus 3:13-18). A advertência que Tiago oferece, então, vai até o coração da arrogância interesseira. Quando os homens de tendência carnal procuram ser mestres, eles convidam a uma condenação maior. Eles são capazes de perverter o evangelho para conseguir seguidores, porque eles são servos de si mesmos e não servos de Cristo.

"Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo"" (3:2).

De todas as tentações que enfrentamos, a mais persistente e difícil é a tentação de dizer alguma coisa que não devemos. Algumas pessoas lutam para eliminar palavrões e piadas sujas de seu falar (Efésios 4:29). Outros, despreocupadamente, mostram desrespeito pelo nome do Senhor, proferindo frases como “Meu Deus!”, ou “Meu Deus do Céu!” sem parar para pensar que eles estão tratando o nome do Santo Deus como se não fosse nada mais do que uma expressão comum de surpresa ou desgosto. Deus merece nosso completo respeito (Salmo 111:9-10). Muitos usam a língua para espalhar boatos e fazer acusações sem fundamento (Provérbios 16:28; 1 Timóteo 5:13). Deste modo, eles podem destruir a reputação de pessoas boas, criar discórdia entre irmãos, e até impedir a divulgação do evangelho (1 Coríntios 3:3; 1 Tessalonicenses 2:15-16). Tais pessoas não são seguidoras de Cristo, mas do diabo, o pai das mentiras e o maior acusador de todos (João 8:44; Apocalipse 12:9-10; 22:8). E todos nós batalhamos contra a tentação de falar antes de pensar, talvez uma palavra áspera ou crítica usada desnecessariamente, talvez uma expressão de raiva ou ódio. Uma simples palavra mal empregada pode levar uma nação à beira da guerra, destruir uma amizade de toda a vida, desfazer uma família, arruinar um casamento ou esmagar o auto-respeito de uma criança.

"Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19).

"Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes cousas. Vede como uma fagulha põe em brasa tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno" (3:3-6).

A língua é um pequeno membro do corpo, mas exerce um poder destruidor que ultrapassa todos os outros. Como o leme de um navio ou freio na boca de um cavalo, este pequeno membro é incrivelmente poderoso. Como uma faísca pode iniciar um fogo que destruirá uma floresta, assim a língua descontrolada pode destruir uma alma e criar uma miséria terrível para outros.

"Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero" (3:7-8).

Os animais podem ser treinados. Um cão pode ser ensinado a sentar-se absolutamente imóvel no meio de uma multidão de pessoas, e não se moverá enquanto seu dono não o chamar. Mas a língua precisa ser sempre mantida sob supervisão. Nunca podemos deixá-la sem a rédea ou abrir sua gaiola e deixá-la livre. Temos que manter domínio constante sobre nossas línguas para evitar o dano terrível que elas são capazes de causar.

Usando a Língua como Deus Pretendia Voltemos ao princípio. A língua não é inerentemente má. Há algumas coisas que podemos e devemos fazer com nossas línguas. Considere alguns exemplos:

Devemos louvar e adorar a Deus.
"Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13:15).

Devemos orar.
"Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17).

Devemos confessar Cristo na presença dos incrédulos.
"Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos" (Marcos 8:38).

Devemos confessar nossos pecados e buscar o perdão.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel, e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9).

Devemos edificar nossos irmãos.

"Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14:19).

Devemos abençoar os outros, até mesmo nossos inimigos.
"Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis" (Romanos 12:14).

Devemos sempre falar a verdade.
". . . seja o vosso sim sim e o vosso não não, para não cairdes em juízo" (Tiago 5:12).

Lembremo-nos sempre que nossas línguas são dons de Deus para serem usadas em sua honra e glória.

Autor: Dennis Allan

SEJAM SANTOS, POIS EU SOU SANTO


Depois que Deus libertou os israelitas da escravidão no Egito, a primeira parada deles foi no Monte Sinai. Num encontro memorável com Deus, Moisés recebeu a lei que guiaria os israelitas durante 1500 anos.

Os pormenores dessa lei, às vezes, parecem tediosos, especialmente porque sabemos que ela não se aplica mais (veja Romanos 7:6; Gálatas 3:23-27). Mas no meio de todas as regras, encontramos uma passagem preciosa que explica a base de todas as leis divinas. Em Levítico 11:44-45, Deus desafia os israelitas com estas palavras: "Sejam santos, pois eu sou santo." Ele não queria que seu povo escolhido visse esta lei como uma coleção cansativa de ordenações sem significado, mas como um meio de criar e preservar o caráter santo que Deus deseja que seus amados tenham.

O caráter santo de Deus é o fundamento de cada lei que ele tem revelado ao homem. Ele criou o homem para ser um imitador espiritual da sua perfeição divina (feito à imagem de Deus ­ Gênesis 1:27). Revelando a si mesmo e sua vontade, ele tem continuamente desafiado suas criaturas a serem como o Criador. Considere três passagens que ilustram como a natureza de Deus é a base de sua lei:

1. Êxodo 19 e 20. O capítulo 20 contém os Dez Mandamentos, a parte mais familiar do pacto do Velho Testamento. Antes de Deus dizer estas palavras, ele revelou seu poder e santidade numa demonstração espantosa, completa com trovão, relâmpago, fumaça, fogo e terremoto. A lei foi baseada na pessoa de Deus.

2. Mateus 28:18-20. Jesus deu a um humilde grupo de 11 pessoas a responsabili-dade de levar o evange-lho ao mundo. O que lhe deu o direito de fazer tal exigência? O "portanto" do versículo 19 indica a exaltada posição de Cristo descrita no versículo 18. Por ser ele quem é, os onze obedeceram e nós devemos obedecer.

3. Atos 2:36-38. A poderosa conclusão de Pedro, no sermão do Pentecostes, mostra Jesus no trono como Senhor (com toda autoridade) e Cristo (aquele ungido escolhido por Deus). A resposta natural de seus ouvintes culpados foi: "Que faremos?" Pedro ordenou que eles se arrependessem e fossem batizados para a remissão dos pecados. Não é um mandamento vazio, mas um que é baseado na divina natureza de Jesus.

Deus espera que o sirvamos e sejamos santos por uma única razão: ELE É SANTO!

| Autor: Dennis Allan | Divulgação: estudosgospel.com.br |

O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA?


A divisão e a confusão que existem no mundo religioso em nossos dias são contrárias à oração de Jesus na noite anterior à sua morte (João 17:20- 21). Há centenas de denominações ensinando e praticando coisas diferentes. Sabemos que Deus não criou essa confusão. O modelo que ele dá na Bíblia não é difícil de entender, nem impossível de praticar. O problema é que séculos de"modificações", "tradições" e "melhoramentos" humanos anuviaram nossa visão da simplicidade do plano original revelado pelo Espírito Santo no Novo Testamento. Em lugar nenhum isto é mais evidente do que na diversidade dos planos de organização de igrejas. Neste artigo, quero desafiar cada leitor a tentar deixar de lado tradições humanas e idéias pré-concebidas para ver claramente a simplicidade do padrão do Novo Testamento de organização de uma igreja. Tão certamente quanto os primitivos cristãos foram capazes de organizar-se em agrupamentos que funcionam, conhecidos como igrejas locais, sinceros seguidores de Jesus podem fazer o mesmo hoje em dia. Mas como? Como em todas as outras facetas da vida, precisamos pôr de lado nossas preferências, opiniões e políticas, para humildemente etudar e aplicar o ensinamento das Escrituras (Tiago 1:21-25).


O Modelo de Organização de Igrejas Locais no Novo Testamento
Precisamos começar por um entendimento básico da idéia bíblica de uma igreja. No Novo Testamento, uma igreja é simplesmente um grupo de cristãos que seguem a Cristo. A palavra pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam (Hebreus 12:22-23). É freqüentemente usada para descrever grupos locais de discípulos que se encontram para adorarem, para edificarem uns aos outros e para proclamarem o evangelho de Jesus. É neste sentido que lemos sobre a igreja em Antioquia da Síria (Atos 13:1), sobre as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (Atos 14:21-23), sobre a igreja em Éfeso (Atos 20:17), a igreja em Corinto (1 Coríntios 1:1; 2 Coríntios 1:1), as igrejas na região da Galácia (Gálatas 1:2) e a igreja dos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1:1; 2 Tessalonicenses 1:1). É neste ambiente de igrejas locais que encontramos homens escolhidos para supervisionar e guiar. Os sistemas comuns de superestruturas de denominações, de ligas internacionais de igrejas e de hierrquias que ligam e até governam milhares de igrejas locais, são invenções do homem. Não há modelo bíblico de tais arranjos. No Novo Testamento, os cristãos serviam juntos em congregações locais. Eles eram gratos pelos seus irmãos em outros lugares, mas não tentavam criar algum laço de organização onde os cristãos de um lugar pudessem dirigir ou governar o trabalho de discípulos de outro lugar. Veremos este modelo mais claramente quando considerarmos o ensinamento específico sobre a organização de uma igreja local.


A Formação de Igrejas Locais
Conforme se espalharam pelo mundo, partindo de Jerusalém, cada cristão levou o evangelho a outras pessoas. A semente (a palavra S Lucas 8:11) foi plantada e produziu fruto (cristãos S Lucas 8:15; 1 Coríntios 3:7). Estes novos discípulos começaram a adorar e a trabalhar juntos no serviço de Deus (Atos 2:44; 16:40). Em cada cidade onde homens e mulheres obedeciam ao evangelho, as igrejas eram formadas (Atos 14:21-23). As igrejas se reuniam regularmente para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:20-34), para servir a Deus e edificarem uns aos outros (1 Coríntios 14:26; Hebreus 10:23-25). Os membros destas igrejas locais contribuíam voluntariamente para a obra que Deus incumbiu à congregação (1 Coríntios 16:1-2; 2 Coríntios 9:7).


A Supervisão da Igreja Local
Quando estas congregações se formaram, eram grupos de recém-convertidos que tinham que crescer (1 Coríntios 3:1-2). Quando amadureciam, desenvolviam-se homens que satisfaziam às qualificações exigidas por Deus para prover supervisão a essas congregações. Esses homens eram selecionados para servirem como presbíteros (Atos 14:23). A Bíblia também usa a palavra bispo para descrever os mesmos homens, e diz que o seu papel é pastorear (Atos 20:17, 28; 1 Pedro 5:1-2). A distinção que muitos grupos religiosos fazem entre pastores, bispos e presbíteros não é baseada na Bíblia. Estes presbíteros serviam na igreja local para pastorear "o rebanho de Deus", no meio do qual estavam (1 Pedro 5:1-2). Sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam além do rebanho local. Não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local supervisionarem uma igreja em outro local. É também interessante e importante observar que as passagens que falam de bispos, presbíteros ou pastores nunca falam de apenas um servindo numacongregação. O modelo do Novo Testamento é ter uma pluralidade de bispos numa igreja local (Filipenses 1:1). Deus não autorizou nenhum homem a supervisionar sozinho uma igreja local.


Qualificações de Presbíteros/ Pastores/ Bispos
Duas passagens indicam claramente as qualificações que um homem tem que possuir para servir como bispo (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Nenhum homem que não possua todas estas qualificações deverá ser selecionado para servir como presbítero/pastor/bispo. Antes de selecionar seus pastores, os membros da igreja local deverão estudar cuidadosamente estas listas para estarem certos de que tenham dois ou mais homens verdadeiramente qualificados. Paulo falou de qualificações familiares: esposo de uma só mulher, governa bem a própria casa, tem filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Ele deu uma extensa lista de exigências espirituais e morais: irrepreensível, temperante, domínio de si, sóbrio, modesto, hospitaleiro, tem bom testemunho dos de fora, não dado ao vinho, não violento, cordato, inimigo de contendas, não avarento, não arrogante, não irascível, amigo do bem, justo, piedoso. Um bispo precisa também ter experiência e capacidade para ensinar: apto para ensinar, não neófito, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. É claro que Deus quer homens espiritualmente maduros que se dedicarão aos seus irmãos para servir como presbíteros. Este não é o trabalho dos jovens, dos novos convertidos, ou homens que ainda não aprenderam a guiar suas próprias famílias, nem é papel atribuído a mulheres. Estas qualificações não se adquirem recebendo diplomas de cursos de seminários, mas dedicando-se ao serviço do Senhor.


Outros Servidores
Diáconos são homens especialmente qualificados e escolhidos para servir sob a supervisão dos presbíteros. Suas qualificações são encontradas em 1 Timóteo 3:8-12:


"Quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.... O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa." 1 Timóteo 3.8-12
Evangelistas ou pregadores são homens que proclamam as boas novas de Jesus Cristo. Eles não têm papéis de autoridade ou supervisão na igreja. Eles servem o Senhor como seus ministros e têm que ser completamente fiéis a sua palavra (2 Timóteo 4:1-5). A prática comum de chamar um pregador de "o pastor" e de lhe dar autoridade para governar uma igreja não tem base nas Escrituras.


A Simplicidade do Plano de Deus
Numa era quando muitas igrejas se assemelham a corporações multinacionais, o plano simples de Deus de organização de igreja parece muito simples. Seguindo este plano, qualquer grupo de crentes biblicamente batizados pode começar a adorar a Deus e a trabalhar unido como uma igreja local. Não precisam de treinamento em algum seminário. Não precisam de permissão de nenhuma diocese ou convenção. Não precisam filiar-se a nenhuma denominação ou liga de igrejas. Não precisam esperar que algum corpo eclesiástico lhes envie um padre ou pastor. Eles precisam é de um inabalável respeito à Palavra de Deus, e uma determinação a fazer tudo o que ele exige, e nada do que ele não autorizou. Que possamos amar bastante a Deus para retornarmos ao seu modelo!

Autor: Dennis Allan

O BARCO DE PEDRO


" E entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e assentando-se, ensinava do barco a multidão" Lc 5:3.

Pedro e seus companheiros pescadores tiveram uma noite frustrante. Nenhum peixe. Só restava encostar o barco e limpar as redes. Seria um dia difícil. Sem clientes, sem dinheiro. Jesus, passava por ali, seguido por uma multidão. Viu a cena: Pedro, conversando em alta voz com André. Falando da dificuldade da profissão. Das contas a pagar. Pedro, estava insatisfeito com o ofício. Quem sabe, mudar de ramo, seria uma ótima alternativa.

Jesus, se aproximou, cumprimentou Simão e sentou em seu barco: "Posso usá-lo?". "Claro, claro! Responde Simão, prontamente. "Só te peço que o afaste da terra"- Jesus podia afastá-lo, mas, quis a participação do pescador- Pedro, o empurrou com cuidado até a água. Todos, sentaram na areia para ouvi-lo.

Jesus, falou sobre perseverança. Não desistir. Confiar. Falou sobre Deus. Seu poder e domínio. Ele usou a linda paisagem do lago de Genesaré (ou mar da Galileia), para ilustrar a mensagem. Falou sobre os bons e "maus" dias. Sobre superação. Pedro, André e os demais, ouviram atentamente. Jesus, os fez acreditar que em algum lugar daquele lago havia um tesouro a ser explorado. Havia uma imensidão de peixes para serem pescados. Pedro, e os demais, precisariam "Tirar o barco da areia".

Barcos, vazios na areia, podem representar desilusão, fracasso. O de Pedro, representava. Por isso, Jesus pediu: "Afaste o barco da areia". O Mestre, queria abençoar Pedro. Ensiná-lo, como ser próspero . Era preciso, contudo, entregar o barco. O barco, aqui, representa a vida de Pedro.

" Faze-te ao mar alto e lançai vossas redes para pescar. Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas, sobre a Tua Palavra, lançarei a rede" Lc 5:4,5.

A mensagem de Jesus, mexeu com Pedro. Despertou sua fé. Ele, não hesitou em obedecer. Não justificou seu mal desempenho na noite passada. Confessou seu fracasso, mirou no futuro. Viu, um barco cheinho de peixes. Jesus, em sua companhia, com um leve sorriso nos lábios dizendo: "Simão, Simão, eu posso fazer muito por você se me entregares a vida". Lançou a rede.

E foi no mar alto que a rede transbordou. Simão sorria alto, acenava para seus colegas, em outros barcos, queria dividir a pesca. Já não era um homem frustrado, cheio de preocupações. Que mudança! O barco de Pedro, é uma representação da nossa vida. Cansada, atribulada, infrutífera. As redes, vazias, representam o espírito humano, carente de Deus. Redes que precisam serem lançadas ao mar alto. Lugar de profundidade. Assim, deve ser nosso relacionamento com Deus. Intenso, intímo, profundo. Precisamos entregar o barco e lançar a rede.

"Tire o barco da areia". Deixe que a Palavra de Deus o conduza. Ele, dará ordem ao mar para que envie seus peixes, até o barco transbordar. Entregue e confie. Pedro, se confessou incapaz, entregou a direção. Sua vida, nunca mais seria a mesma:

"Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens, e levando os barcos para a terra, deixaram tudo, e o seguiram" Lc 5:10,11.

"Pescador de homens". A multidão de peixes mudou a vida de Pedro. Ele, mudaria a vida de multidões. Em todo o mundo. Sua conversão não se deu naquele dia, ao ouvir Jesus em Genesaré. Mas, ali começou um processo na vida de Simão. Ele abandonaria o barco, na areia, de uma vez por todas ( verso 11), para usar o seu barco, sua vida, em favor dos desiludidos. Tudo porque obedeceu. Deixou Jesus comandar seu barco e lançou as redes em águas profundas

Fonte: Artigo recebido por email

Via: www.estudosgospel.com.br

PERSEVERANDO ENQUANTO ORA


1Sm 1.10-19

Introdução
Quando nós como justos decidimos orar é inevitável o derramar de bênçãos do Senhor sobre nossas vidas. Nós como justos passamos a ter um tratamento preferencial pelo fato de sermos filhos e não bastardos (Mt 15.26; Tg 5.16; Hb 12.8). Neste caso de forma especial olharemos para Ana, a mãe de Samuel e eu creio que extrairemos tesouros da vida desta virtuosa mulher de fé e oração.

1 Os Inimigos da Oração:a) Duvida na oração – Tg 1.6-8
b) Esmorecimento na Oração – Gl 5.7
c) Retroceder na Oração – Nm 4.10


2 Os Efeitos da Oração:
a) Dos duvidosos – Mt 14.30-31 – o medo de Pedro ao ver as Ondas do mar...
b) Dos Tímidos – Mc 4.39-41 – As tempestades não devem nos assustar em nada...
c) Dos Esmorecidos – Gl 5.7 – não se deixe fraquejar na luta, seja decidido e lute...
d) Dos Perseverantes – 1Sm 1.10-19; Mt 15.22-28 – Ana e a mulher nananéia...
e) Dos que são Mais que vencedores – Lc 21-26; Ef 6.18; Jó 27.10...

3 Perseverança ou Morte – Uma questão de fé...(Dn 3.16-18).
a) Qual a melhor opção – para podemos ir com segurança
b) Se for preciso eraremos com lágrimas
c) Seguiremos o exemplo a oração de Ester
d) Mergulharemos na oração de Ana, e navegaremos em suas lágrimas
e) Saiba por tanto que Deus sempre ouve a nossa oração e muito mais quando ela é movida com lágrimas...

4 Conclusão:
Ore sem parar.
Ore por sua família, por seus parentes, por seus vizinhos....
Ore por seu patrão, por seu emprego e não reclame...
Ore por sua vida e pela vida de sua família...
Ore sem ver barreiras, ore com o coração e com a alma dilatada a Deus...
Procure sentir o calor das suas lágrimas e as ofereça a Deus enquanto ora e saiba que o Deus eterno lhe dará infinitamente mais do que possais pensar... para o louvor de sua eterna glória.


| Autor: Pastor Gesiel Melo | Divulgação: estudosgospel.com.br |

FUJA DOS FALSOS EVANGELHOS! AINDA HÁ TEMPO...


Assisti, há algum tempo, a uma pregação de Carter Conlon (um pregador de mensagens vibrantes, da mesma linha do saudoso David Wilkerson), pela qual enfatizou: “Corra”. De maneira contundente, ele asseverou que os servos de Deus devem correr, fugir, escapar dos falsos evangelhos propagados pelos enganadores do nosso tempo.

No Novo Testamento há vários mandamentos relativos à fuga do mal. A Palavra de Deus nos ordena a fugirmos — a nos desviarmos, a escaparmos — dos pecados, pois a única coisa que pode nos afastar do amor de Deus, endurecendo o nosso coração, é a permanência no pecado (Hb 3.12-14). Por isso, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, afirmou: “Fugi da prostituição” (1 Co 6.18); “fugi da idolatria” (1 Co 10.14); “saí do meio deles” (2 Co 6.17); “foge destas coisas” (1 Tm 6.11); “Foge também dos desejos da mocidade” (2 Tm 2.22), etc.

Precisamos correr, fugir, escapar dos falsos ensinamentos propagados pelos enganadores que estão “entre nós” (At 20.28-30; 2 Pe 2.1). Os falsos evangelhos são as falsas boas novas; as verdades misturadas com mentiras; os acertos e erros mesclados; é leite contaminado (1 Pe 2.1,2).

Você só não deve fugir do Diabo, e sim resisti-lo. Mas, para fazer isso, deve se sujeitar a Deus (Tg 4.7). Quem se submete ao Senhor, foge dos falsos evangelhos, contrários ao Evangelho de Cristo.

Fuja do evangelho experiencialista, baseado em experiências exóticas, em revelações obtidas depois de pretensas visitas ao Céu e ao Inferno e em técnicas psicológicas, como a regressão até o ventre materno (Dt 13.1-4; Jo 10.41).

Fuja do evangelho antropocêntrico, pelo qual o ser humano é tacitamente endeusado e estimulado a confiar mais na autoajuda do que na Ajuda do Alto (1 Pe 5.6; Fp 4.11-13).

Fuja do evangelho da prosperidade, pelo qual enganadores, webenganadores e telenganadores, abrindo mão do tesouro celestial (Mt 6.19-21), enriquecem e levam cativas pessoas enganadas, webenganadas e telenganadas, as quais deixam de usufruir do grande tesouro da salvação (2 Co 4.7).

Fuja do evangelho ecumênico, que valoriza um falso amor, mal direcionado, centrado em interesses próprios, abrindo mão da Verdade (Jo 14.23).

Fuja do evangelho cessacionista, pelo qual se afirma que a multiforme manifestação do Espírito Santo cessou, desprezando as profecias e extinguindo o Espírito (At 2.39; 1 Ts 5.19-21).

Fuja do evangelho neopentecostal, que banaliza os dons, ministérios e operações do Espírito Santo, levando incautos a pensarem que podem profetizar a qualquer hora, como bem entendem, e manipular a manifestação sobrenatural do Espírito (1 Co 14).

Fuja do evangelho farisaico, legalista, propagado e seguido por muitos líderes que “coam mosquitos”, mas “engolem camelos”, verberando contra efemeridades, sem ver “traves de madeira” enormes em seus próprios olhos (Mt 23).

Fuja do evangelho do entretenimento, que oferece toda a diversidade mundana num contexto “evangélico”, como apresentações de vale-tudo, shows de hip-hop, street dance, etc. (Rm 12.1,2; Tg 4.4).

Se você quer verdadeiramente ser vencedor até o fim, fuja de todos os falsos evangelhos e atente para o que está escrito em 1 Coríntios 15.1,2: “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual permaneceis; pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão”.

Autor: Ciro Sanches Zibordi

Via: www.estudosgospel.com.br

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. Apocalipse 12:10

E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém. Romanos 16:20

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:16-17

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 2 Timóteo 3:14-15

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; 1 Timóteo 4:1

Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Romanos 8:5-8

20/12/2013

FLORES NA ESTRADA


Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6:15h e viajava cinqüenta minutos até o trabalho. À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.

No ponto seguinte ao que o homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.

Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.

Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:

- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?

- Bom dia, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.

- Sementes? Sementes de que?

- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.

E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.

- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.

- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.

- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.

Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu “trabalho”. O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio “caduca”.

O tempo passou...

Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada e linda.

O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.

- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.

O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.

Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado: Olha mãe, que lindo, quanta flor pela estrada. Como se chamam aquelas azuis?

Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso.


“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.

A MENINA E O CÃO


Uma menina entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.

– Entre cem e trezentos reais, respondeu o dono.

A menina puxou uns trocados do bolso e disse:

– Mas, eu só tenho dez reais. Poderia ver os filhotes?

O dono da loja sorriu e chamou Princesa, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pêlo.

Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.

A menina apontou aquele cachorrinho e perguntou:

– O que é que há com ele?

O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, mancaria e andaria devagar para sempre.

A menina se animou e disse com enorme alegria no olhar:

– Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!

O dono da loja respondeu:

– Não, você não vai querer comprar esse.

Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente.

A menina emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:

– Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo.

Na verdade, eu lhe dou dez reais agora e mais dez reais por mês, até completar o preço total.

Surpreso, o dono da loja contestou:

– Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho.

Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.

A menina ficou muito séria, acocorou-se e levantou lentamente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese que usava para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

– Veja, não tenho uma perna, eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.


“Às vezes desprezamos as pessoas com que convivemos todos os dias, por causa dos seus ‘defeitos’, quando na verdade, somos tão iguais ou pior do que elas. Desconsideramos que essas mesmas pessoas precisam apenas de alguém que as compreendam e as amem, não pelo que elas poderiam fazer, mas pelo que realmente são. Amar a todos é difícil, mas não impossível”.

CRÔNICA - OS CEM ANOS DO AFAGO MATERNO DOS MAIS POBRES


“A maior de todas as doenças atuais, é o sentimento que a pessoa tem de ser indesejada, de estar abandonada e relegada ao esquecimento por todos. O maior de todos os males é a falta de amor e a terrível indiferença para com o nosso semelhante.”

Essa citação, tão atual, foi dita há mais de sessenta anos por uma pequena albanesa, de nome difícil, chamada Agnes Gonxha Bojaxhiu, que nasceu em Skoplje, em 26 de agosto de 1910.

Desde muito pequena, Agnes demonstrou interesse pela vida religiosa e com apenas dezoito anos mudou-se para a Irlanda, tornando-se cidadã do mundo e iniciando seu trabalho religioso como missionária. No entanto, seu grande sonho era outro, a Índia e o trabalho voluntário junto aos mais humildes.

Após poucos meses de estadia na Irlanda, partiu para a Índia. Tomou o nome de Teresa e iniciou suas atividades como professora de geografia em um colégio religioso em Calcutá. Embora cercada de meninas, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saía à rua: os bairros de lata com cheiros nauseabundos, crianças, mulheres e velhos famélicos. Decidiu deixar o colégio e dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres. Aqueles que todas as noites morriam pelas ruas e na manhã seguinte eram lançados para o carro da limpeza pública como se fossem lixo. Ela jamais conseguiu habituar-se a esse terrível espetáculo de pessoas esqueléticas morrendo de fome ou pedindo esmolas pelas ruas.

Iniciou um curso de enfermagem, que julgava de imensa utilidade para sua nova atividade. Junto com o alfabeto, dava lições de higiene e moral. O início foi duríssimo e ela sentiu a angústia terrível da solidão e das enormes dificuldades materiais. Um dia, dava voltas e mais voltas, à procura de uma casa, um teto para acolher os abandonados. Caminhou ininterruptamente, até que já não podia mais. Então, compreendeu até que ponto de esgotamento tem que chegar os verdadeiros pobres, em busca de um pouco de alimento, água, abrigo, remédio ou esperança. Naquele momento, a lembrança da tranqüilidade material de que gozava no convento, lhe veio à mente, porém, jurou não voltar atrás.

E jamais voltou.

Sua vida eram os pobres. Aqueles de quem as pessoas já não querem aproximar-se com medo do contágio, porque estão cobertos de micróbios e vermes. Aqueles que não vão rezar, porque não podem sair nus de casa, que já não comem, porque não têm força para comer, que se deixam cair pelas ruas, conscientes de que vão morrer e ao lado dos quais, os vivos passam, sem lhes prestar atenção, que já não choram, porque se lhes esgotaram as lágrimas.

Certa vez, percorrendo as ruas e prestando ajuda aos mais necessitados, ela se depara com um espetáculo horripilante: uma mulher agonizava no meio de escombros, roída pelos ratos e formigas. Madre Teresa aproxima-se e ouve um queixume, em voz muito tênue dizendo, ter sido o próprio filho a lançá-la ali. Recolheu-a e levou-a ao hospital mais próximo. Quando os atendentes vêem aquele semicadáver, respondem que não podem aceitar aquela mulher. Com a insistência a aceitam, porém, a mulher morre pouco depois. De regresso a casa, pensa nos moribundos como aquela mulher, que todos os dias morrem pelas ruas de Calcutá sem ninguém a lhes prestar assistência e cria assim a “Casa do Moribundo”, a qual dedicou, impecavelmente, suas melhores energias físicas e espirituais.

É nesta nova realidade que Madre Teresa coleciona histórias e exemplos de vida, que alimentam sua alma e lhe dão força para que não desista frente aos enormes obstáculos.

Certa noite, em sua ronda de caridade e auxílio socorreu quatro pessoas, que foram levadas a “Casa do Moribundo”, uma delas estava em péssimas condições. Solicitou que suas auxiliares cuidassem das outras três e dedicou-se pessoalmente a que estava em piores condições. Fez tudo o que estava ao seu alcance e ao colocá-la na cama, havia um lindo sorriso em seu rosto. Ela segurou a mão de Madre Teresa e disse apenas uma palavra: “Obrigada!”, e então morreu. Sem se revoltar ou tentar atrair um pouco de atenção, dizendo: “estou com fome, vou morrer; estou com frio e sinto muita dor”. Ela deu à Madre Teresa muito mais do que ela podia imaginar em uma situação como aquela, deu-lhe seu amor agradecido e morreu com um sorriso nos lábios.

Em outra ocasião, socorreu um homem que foi pego no esgoto, parcialmente comido por vermes. Depois de levado a “Casa do Moribundo”, disse apenas: “Tenho vivido na rua como um animal, mas vou morrer como um anjo, amando e recebendo atenção”. Então, depois de removerem todos os vermes do seu corpo, com um grande sorriso tudo o que disse foi: “Irmã, vou para casa estar com Deus”, e morreu.

Para Madre Teresa este sempre foi o seu maior tesouro, poder conviver com a grandeza de pessoas tão sofridas, que jamais culpavam alguém por suas chagas e sofrimentos. Como anjos - essa é a grandeza das pessoas espiritualmente ricas, embora materialmente pobres.

Madre Teresa não foi um exemplo apenas para Calcutá, para a Índia ou para a ONG “Projetos sociais meu sonho não tem fim”, ela foi um exemplo para toda a humanidade. Seu trabalho ia muito além da assistência social, era um trabalho de contemplação diante do coração do mundo, uma fonte viva de amor em um mundo repleto de ódio e miséria, mostrando a todos nós que não importa o quanto fazemos, mas, quanto amor colocamos naquilo que fazemos.


Alex Cardoso de Melo

A JANELA




Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.

Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.

A sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.

Os homens conversavam horas a fio.

Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias.

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago.

Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris.

Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e a tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar.

Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a refratava através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram.

Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia.

Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela.

A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora.

Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para uma parede de tijolo!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto, lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. “Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem”.

“Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada”.

A VIDA É UM ESPELHO


Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou.

O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, ela ficou preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora. Ele iria aprontar alguma?

Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto. Ele pode ver que ela estava com muito medo e disse:

Eu estou aqui para ajudar madame, não se preocupe. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Renato.

Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora de idade avançada era ruim o bastante.

Renato abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Ele já estava trocando o pneu. Mas ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos.

Enquanto apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda.

Renato apenas sorriu enquanto se levantava.

Ela perguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todos as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado.

Renato não pensava em dinheiro, aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe havia ajudado bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo.

E respondeu: Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar. E acrescentou: e lembre-se de mim.

Esperou até que ela saísse com o carro e também se foi.

Tinha sido um dia frio e deprimente, mas ele se sentia bem, indo para casa, desaparecendo no crepúsculo.

Alguns quilômetros abaixo a senhora parou seu carro num pequeno restaurante. Entrou para comer alguma coisa.

Era um restaurante muito simples, e tudo ali era estranho para ela. A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pode
apagar.

A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atitude.

A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato.

Depois que terminou a sua refeição, enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem reais, a senhora se retirou.

Já tinha partido quando a garçonete voltou. Ela queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de cem reais.

Existiam lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: “você não me deve nada, eu já tenho o bastante”. Alguém me ajudou hoje e da mesma forma estou lhe ajudando.

Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém.

Bem, haviam mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir, e a garçonete voltou ao trabalho.

Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito.

Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil!

Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso, agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
Tudo ficará bem; eu te amo Renato!

A vida é assim, um espelho. Tudo o que você transmite volta para você, e geralmente em dobro.


“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos”.

ESOPO E A LÍNGUA


Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia.

Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da terra está à venda no mercado.

- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?

- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da terra.

Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho.

Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.

- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo.

- A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir.

- Pela língua os ensinamentos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.

- Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?

- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.

- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.

Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a alguns minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.

Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:

- Por que vos admirais de minha escolha?

- Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios.

- Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido.

- Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social.

- Acaso podeis refutar o que digo? Indagou Esopo.

Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.

Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antigüidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.


“Quando falar, cuide para que suas palavras sejam melhores do que o silêncio”.

AS CICATRIZES DO DESCONTROLE


Naquele dia de sol, Antônio chegou feliz e estacionou o reluzente caminhão em frente à porta de sua casa. Após 20 anos de muita economia e intenso trabalho, sacrificando dias de repouso e lazer, ele conseguiu: comprou um caminhão.

Orgulhoso, entrou em casa e chamou a esposa para ver a sua aquisição. A partir de agora, seria seu próprio patrão.

Ao chegar próximo do caminhão, uma cena o deixou descontrolado. Seu filho de apenas seis anos estava martelando alegremente a lataria do caminhão.

Irritado e aos berros, ele investiu contra o pequeno filho. Tomou o martelo das mãos dele e, totalmente fora de controle, martelou as mãozinhas do garoto.

Sem entender o que estava acontecendo, o menino se pôs a chorar de dor, enquanto a mãe interferiu e retirou o pequeno da cena.

Na seqüência, ela trouxe o marido de volta à realidade e juntos levaram o filho ao hospital, para fazer curativos.

O que imaginavam, no entanto, fosse simples, descobriram ser muito grave. As marteladas nas frágeis mãozinhas tinham feito tal estrago que o garoto foi encaminhado para cirurgia imediata.

Passadas várias horas, o cirurgião veio ao encontro dos pais e lhes informou que as dilacerações tinham sido de grande extensão e os dedinhos tiveram que ser amputados.

De resto, falou o médico, a criança era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico. Os pais poderiam aguardá-lo no quarto, para onde logo mais seria conduzido.

Com um aperto no coração, os pais esperaram que a criança despertasse. Quando, finalmente, abriu os olhos e viu o pai o menino abriu um sorriso e falou:

- Papai, me desculpe, eu só queria consertar o seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo.

O pai, com lágrimas a escorrer pela face, em desconsolo, se aproximou mais e lhe disse que não tinha importância o que ele havia feito. Mesmo porque, a lataria do caminhão nem tinha sido estragada.

O menino insistiu:

- Quer dizer que não está mais bravo comigo?

- Não, mesmo, falou o pai.

- Então, perguntou o garoto, se estou perdoado, quando é que meus dedinhos vão nascer novamente?


“O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade".

O REINO A QUE VOCÊ PERTENCE


Conta-se que certa ocasião, um imperador alemão realizou uma visita a uma das mais afastadas províncias dos seus domínios.

Passando por uma pequena escola, situada à beira da estrada, em uma zona rural, resolveu interromper a viagem e visitar os alunos.

Professores e crianças o receberam com emoção, respeito e acatamento.

No meio de tanto entusiasmo, houve quem improvisasse um discurso para saudar a ilustre personagem.

O imperador ficou surpreso e feliz com a recepção.

Percebendo que a classe era viva, inteligente e desinibida, sentiu-se muito à vontade entre os alunos.

Depois de os ouvir cantar, declamar, discursar, ele resolveu se divertir um pouco com eles. Pediu a seu secretário que lhe trouxesse uma laranja e, mostrando-a aos meninos e meninas, perguntou:

- Qual de vocês é capaz de me responder a que reino pertence esta fruta que tenho na mão?

- Ao reino vegetal. Respondeu de imediato uma garota risonha, de olhos brilhantes e muito comunicativa.

- Surpreendente! Disse o imperador. E continuou:

- Já que você respondeu com tanta precisão, vou lhe fazer duas outras perguntas. Espero que você responda correta e imediatamente. Se me responder sem hesitar, eu lhe dou uma medalha como prêmio. Aceita o desafio?

- Aceito, sim senhor. Falou prontamente a garota.

Então, colocando a mão no bolso de sua farda, tirou uma moeda e a mostrou à menina, indagando:

- E esta moeda, a que reino pertence?

- Ao reino mineral. Disse ela.

- E eu, a que reino pertenço? Questionou o imperador.

Houve um rápido momento de silêncio. Os colegas se entreolharam. A garota apagou o sorriso alegre. Ficou séria e constrangida. Ficou preocupada em ofender o imperador, dizendo que ele pertencia ao reino animal.

Mas, afinal, a resposta seria a correta. Contudo, pensava, poderia perder a medalha e até ser repreendida.

Então, de repente uma resposta lhe veio à mente. Seus olhos voltaram a brilhar, um sorriso iluminou a sua face e ela respondeu, alto e claro:

- O senhor pertence ao reino de Deus!

A resposta da menina causou admiração entre os colegas, professora e toda a comitiva que acompanhava o imperador.

Foi, no entanto, o próprio imperador que mais se sentiu tocado pela afirmativa da garota.

Com voz embargada, entregou a medalha prometida e, emocionado, falou:

- Espero que eu seja digno desse reino, minha filha!


“Nunca perca a fé na humanidade, pois, ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo”.

AS LIÇÕES DO BARQUEIRO


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

- Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão, o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do domínio inglês. Tinha também uma estratégia: a não violência. Sua autoconfiança foi tanta, que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas, também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou sua imensa popularidade e o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África para atender os nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.


“As grandes obras da humanidade são executadas, não pela força, mas pela perseverança”.

 - Samuel Johnson

AUXÍLIO MÚTUO


Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado e de intensa tempestade, quando foram surpreendidos por uma criança semi-morta na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e exclamou, irritadiço:

- Não perderei tempo! A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.

O outro, porém, mais piedoso, considerou:

- Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.

- Não posso, disse o companheiro endurecido. Sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Precisamos chegar à aldeia próxima sem perda de minutos. E avançou para adiante em largas passadas.

O viajante de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos, colando-o paternalmente ao próprio peito, e aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora mais lentamente.

A chuva gelada caiu metódica pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava.

Com enorme surpresa, porém, não encontrou o colega que havia seguido na frente.

Somente no dia seguinte, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida numa vala do caminho alagado.

Seguindo a pressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento.

Enquanto que o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre.

Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços do caminho, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.


“O auxílio ao próximo sempre será o seu melhor investimento”. 

- Alex Cardoso de Melo

ANO NOVO, O CONFLITO ENTRE O TER E O SER


“…nada TENDO, mas possuindo tudo.” (2 Co.6:6) e


“Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o SER uma nova criatura.” (Gl. 6:15)
Sejam sempre nossos compromissos para com Deus de SER Ao invés de TER. É natural que, ao final de mais um ano, façamos um balanço em nossa vida sobre o que realizamos e o que deixamos de realizar. O mundo comercial, financeiro, industrial, governamental faz seus balanços e seus orçamentos para o ano vindouro: uns ganharam mais, outros menos; alguns perderam pouco, outros perderam muito. É a hora dos números, a hora da verdade, a hora da contabilidade, a hora da matemática do perder x ganhar.

Pergunto: Como está o balanço de sua vida perante Deus, perante sua família, perante a Igreja do Senhor, perante o seu patrão/emprego, perante seus professores, perante a sociedade? Quero lembrar-lhe que não adianta querermos ESTICAR os números na vida espiritual, querermos justificar isto ou aquilo. A contabilidade e a matemática de Deus são exatas; não falham nunca! E para o próximo ano, o esperado Ano 2011, como vai ser? Ou como Você pretende que seja? Qual sua expectativa?

É legítimo fazerem-se planos, projetos, programa disto e daquilo, em casa, no trabalho, nos estudos, no namoro, no casamento, nos investimento, no pagamento das dívidas, nos acertos com pessoas… Como estão os seus planos? Deus tem um lugar em seus planos? Deus ocupa lugar prioritário, secundário ou terciário nos seus planos? Ou não ocupa lugar nenhum? Sempre corremos o risco de formular nossos planos ou votos de forma equivocada: Fazer votos e compromissos para TER ou OBTER isto ou aquilo, Ao invés de assumirmos compromissos com Deus para SER isto ou aquilo.


Gostaria de destacar alguns pontos importantes:Primeiro, há irmãos, obreiros de Igrejas que se dizem parte do Corpo de Cristo que vivem em completa inversão dos valores essenciais do Evangelho de Jesus.

O Evangelho de Jesus se caracteriza pelo AMOR entre pessoas e a Deus, e não pelo poderio econômico ou político que venha a TER. A sociedade vive uma tremenda inversão de valores. Infelizmente a Igreja de Jesus, que deveria ser o Sal da Terra e a Luz do mundo, está entrando no esquema do mundo. Vivemos a síndrome do TER Ao invés do SER. Muitos, de fora de nossa Igreja, já me perguntaram: “Pastor, sua Igreja vai TER programa de TV?”; “Pastor, o senhor está pensando em a Igreja TER ou adquirir uma emissora de Rádio? Tal Igreja tem, ou está comprando mais uma…”.

Há uma volúpia desmedida de que TER é mais importante do que SER, o que não é verdade. Nem sempre o que TEM é alguma coisa diante de Deus. E muitas vezes o que realmente É não aparenta o que TEM. A preocupação do TER desvirtua e desnatura o caráter do SER. TER pode ser algo instantâneo, rápido, repentino, herdado de alguém, testamentário. Da mesma que vem, vai também. Há muita diferença entre TER muito e SER muito.

Felicidade, por exemplo, precisa ser um ESTADO de alma, e não efêmero, ou TER momentos de felicidade.

Segundo, o apóstolo Paulo deu lições à Igreja de como ela pode e deve desvencilhar-se do TER para SER alguém diante de Deus (2 Co. 6:1 a 10). O v.3, diz que a Igreja É digna:


“não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado.”. 2 Co. 6:3
É o testemunho da Igreja, da vida de cada um dos irmãos que realmente vale, e não o que a Igreja TEM. Nos vs. 4 a 10, Paulo expôs-se como Ministro de Deus, como modelo, como exemplo:


“Pelo contrário, o ministério não seja censurado, e tenha motivo de admiração; em tudo, recomendando-vos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus; pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, e entretanto bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e contudo eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; POBRES, MAS ENRIQUECENDO A MUITOS; NADA TENDO, MAS POSSUINDO TUDO.”. 2 Co. 6:4-10
Em meio a todas essas situações adversas, valia (e continua valendo!) realmente SER instrumento nas mãos de Deus!.

Na 1 carta aos Coríntios, cap. 4, versos 9 a 13, Paulo dá destaque Ao sofrimento dele por causa do Evangelho, não por escândalos, chegando a considerar-se LIXO DO MUNDO, ESCÓRIA DE TODOS para SER um instrumentos nas mãos de Deus. Leia o texto.

Terceiro, o TER não é o mais importante, mas o SER uma nova criatura (Gl. 6:15). Paulo dá destaque que TER sinais de religiosidade (a circuncisão para o judeu) não é o mais importante, mas, sim, o SER uma nova criatura. Em Gl.2:20, Paulo afirma: SER nova criatura é estar identificado com Cristo; SER nova criatura é Cristo vivendo em nós a cada dia; SER nova criatura é morrer com Cristo a cada dia.

Queridos irmãos, ovelhas deste aprisco espiritual, ore Ao Senhor para que Você SEJA, Ao invés de que Você TENHA isto ou aquilo. Veja a diferença que faz quando Você pensa desta maneira:


Não em TER uma casa; mas SER paciente para esperá-la até que Deus a dê;
Não em TER um carro novo; mas SER conformado e contente com o que tem;
Não em TER uma vida melhor, mas SER melhor na vida;
Não em TER mais compromisso com Deus, mas de SER mais comprometido com Deus.
O TER é circunstancial, efêmero, fugaz; o SER indica ESTADO, estabilidade, perseverança.
Faça votos diante de Deus para que Você SEJA melhor filho/a de Deus, melhor servo/a, melhor crente, melhor esposo/a, melhor pai/mãe, melhor filho/a, melhor irmão/ã, melhor empregado/a, melhor patrão/patroa, melhor chefe, melhor cidadão/ã, melhor estudante, melhor professor/a.

Faça votos para que Você SEJA mais perseverante na leitura da bíblia, na vida de comunhão com Deus, na vida de oração, no testemunho de cristão/ã.


Que Deus abençoe sua vida. Um Feliz Ano Novo para Você e sua família!


| Autor: Pastor Ageo Silva | Divulgação: estudosgospel.com.br |

ANO NOVO, NO TEMPO


“….corramos com perseverança a carreira que nos esta proposta, olhando firmemente para Jesus…”. Hb 12.1-2

1. IntroduçãoDiante de expectativas, desejos, esperanças que surgem num dia singular como este, temos que concordar com o escritor inglês Charles Lamb que diz que ninguém observa o 1º de janeiro com indiferença”.

Alguém já disse que “Um otimista fica acordado até meia-noite para ver a entrada do ano novo. Um pessimista fica acordado para ter a certeza de que o ano velho se foi.” (Bill Vaughn)

Ao observarmos e conversarmos com as pessoas, veremos que este é um momento onde encontramos gente reflexiva, por vezes com esperanças, por vezes com medo. Há muita gente ansiosa e apreensiva porque um novo representa uma nova página em branco que precisa ser escrita na história de suas vidas.

Já dizia um poeta de nossos dias que “o barulho dos fogos de artifícios parece representar a necessidade que temos de abafar o barulho que encontramos dentro de nós nesta época Reveillon”. Este barulho dentro de nós são as preocupações, a ansiedade, os nossos sonhos, os projetos que temos para o futuro.

As pessoas querem ter a segurança de encontrar um futuro previsível para um novo tempo. Vemos nos jornais páginas e páginas cedidas às previsões para um novo ano, horóscopos, mapas astrais, pessoas que buscam videntes, tarô, jogo de búzios, quiromancia e tantas outras opções que se propõem a responder sobre um futuro incerto. Infelizmente também, ainda vemos alguns cristãos abrindo mais os jornais e revistas nas páginas do horóscopo, que abrindo a Bíblia…

Quando a nós, filhos de Deus, Lembremos das palavras do salmista:

“Entrega teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele o fará”.

Ano novo, desafios novos, horizontes novos, relacionamentos novos, compromissos novos, vitórias novas, mas também dificuldades novas, conflitos novos, responsabilidades novas, tudo depende de como acolhemos um novo tempo. Entretanto, a certeza que trazemos em nosso coração, meus irmãos e irmãs, é que o nosso Deus continua o mesmo, como diz o texto de hoje em Ex 34:1-8:

“Compassivo, clemente, longânimo e grande em misericórdia e fidelidade”.

“Deus é fiel” é uma afirmação comum em nossos dias. Vemos e ouvimos essa afirmação com freqüência ao nosso redor. Quem nunca testemunhou essa citação em alguns adesivos de carro pelas ruas de nossas cidades?

Mas a pergunta é: Somos fiéis a Deus?

Particularmente nunca vi um adesivo que afirme “Eu sou fiel a Deus”… Mesmo assim continuamos em cada amanhecer provando da fidelidade do Senhor em nossas vidas.

Então, se sabemos que ele é fiel, por que temer o futuro? Porque temer se deixar dominar pelas preocupações se Deus em sua fidelidade tem tudo sob controle?


2. Talvez possamos tomar pelo menos três atitudes diante deste momento novo que se inicia.
2.1 A primeira delas exigirá fé e disposição de ir adiante. Isso significa ter fé e ação.Em Êxodo 14:15, quando o povo de Deus fugindo do exército de Faraó se depara com um novo obstáculo em seu caminho; o mar, só havia um caminho a seguir, e uma atitude a tomar, mas o povo clamava a Deus e nada fazia… Então o Senhor disse ao povo: Marchem!

Nenhum mar em nossas vidas vai se abrir sem que marchemos, sem que a planta de nossos pés pise nas águas desconhecidas.

Devemos ir em frente! Não fiquemos só clamando a Deus por nosso futuro, pois Ele nos diz hoje também: Marchem!

Nunca esqueçamos que toda oração precede uma ação. Então não fiquemos estáticos; marchemos! Marchemos como filhos de Deus, como povo, juntos, unidos como família de Deus.


2.2 Em segundo lugar, você deve definir onde esta apoiada sua confiança e esperançaTemos confiado nas promessas do Senhor?

Ilustração. Uma mulher, lendo Mateus 17.20, resolveu fazer a experiência. Orou a Deus que removesse uma montanha que ficava em frente da sua casa. Orou… orou… tornou a orar, sempre de olhos fechados. Depois parou e foi abrindo os olhos devagar… desconfiada. A montanha lá estava no mesmo lugar. Ela, então, com toda a naturalidade, disse: – “Eu já sabia que Deus não ia mesmo remover essa montanha…”


“Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida, é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6).
Há pessoas que tem apoiado suas vidas em promessas de homens, ou no poder financeiro do dinheiro, ou na inteligência e sabedoria, mas sempre existem aqueles que apóiam seus sonhos no Braço forte do Senhor e na força do seu poder.

Aprendamos a falar como o salmista:


“Mas agora, Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti”. (Salmo39.7)

“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. (Salmo 46.11)

2.3 Por fim, temos que ter uma direção, um alvo, um ideal. Ninguém chega a lugar nenhum se não marchar na direção de um ideal, pois sem a direção do alvo nos perdemos pelo caminho.Entenda irmão, que O TEMPO É COMO UMA ESTRADA DE MÃO ÚNICA. Você não pode entrar na contra mão desta estrada, porque ela só tem mão única. O tempo não volta!

“Todos nós marchamos em direção de um ideal, de sorte que a elevação da vida ou a proporção dos empreendimentos dependem do ideal. Se o ideal é inatingível pelo fato de ser ideal, fiquemos ao menos no caminho, mas sempre em sua direção”.

O presidente Roosevelt dizia que “o futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.”

Existe um dito que afirma o seguinte: Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces”. Lembre-se que o alicerce dos teus sonhos e projetos de vida, é o Senhor Jesus.
Como diz o salmista no capitulo 127:1:


“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Salmo 127:1
O apóstolo Paulo na carta aos Filipenses capítulo 3:13-16 nos ajuda e indica que devemos avançar para as coisas que estão diante de nós, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.


3. ConclusãoUma coisa que tenho aprendido é que não devemos contar nossos sonhos a pessoas que podem roubá-los, mas devemos contá-los a Deus que pode realizá-los.

Deus tem cuidado de nós. Cabe-nos escolher se queremos que Ele cuide de nós ou não. A escolha é nossa… Ele continua o mesmo; sempre Fiel e grande em misericórdia.

Que neste ano de 2011 possamos Marchar, nos Comprometer e Prosseguir para o Alvo juntos.

Que Todos nós estejamos unidos como família neste momento novo, neste novo tempo.


Feliz Ano Novo! Que Deus continue nos abençoando e cuidando de nós!
Amém!

| Autor: Pastor Josias Moura de Menezes | Divulgação: estudosgospel.com.br |

ANO NOVO TRAZER À MEMÓRIA


Êxodo 7.1-15,21

Este é o encontro de Moisés com Faraó no momento da primeira praga, e este encontro se dá as margens do RIO NILO. Diz o texto que naquela manhã que as águas de todo o EGITO foram transformadas em sangue. - O local deste encontro com Faraó, o rio Nilo, era muito significativo para Moisés: Podemos imaginar que ele olha para aquele rio e começa a trazer à sua memória a sua própria história: – “Há oitenta anos atrás eu era um bebezinho e minha mãe na esperança de me salvar me colocou dentro de um cesto de junco e eu fui salvo pela filha de Faraó que tinha o costume de se banhar nesta praia fluvial…” - Aliás MOISÉS gostava de recordar fatos históricos. Basta ler o livro de Deuteronômio 1:1-6 quando ele dirige o primeiro discurso ao povo no final do êxodo e pouco antes da ocupação da terra de Canaã. O texto diz assim: (ler 1:1-6…)

...e então ele começa a trazer à memória daquele povo os episódios da sua história, amarrando o passado com o presente e preparando os ouvintes para o futuro glorioso que DEUS haveria de dar.

E agora MOISÉS está diante do Rio Nilo e a sua memória é acionada e o filme da sua vida começa a se desenrolar: Talvez ele tenha se lembrado da mãe hebréia, da mãe egípcia (ou seja a mãe natural e a mãe adotiva): de Joquebede (tia de seu pai) e da princesa (filha de Faraó)

Talvez tenha se lembrado daquele caudal enorme de cultura palaciana que recebeu por fazer parte da elite que governava o país mais progressista e poderoso da época

Talvez tenha se lembrado de suas lutas íntimas antes de ter a coragem de abdicar as glórias do EGITO e os prazeres transitórios do pecado, para perfilar com os seus irmãos oprimidos…

Talvez, naquela manhã, diante do RIO NILO ele traz a memória aquela estranha arte de ver o invisível e de contemplar à distancia o galardão que DEUS costumava distribuir com os que vivem pela fé. – É porisso que Hebreus 11:27 nos diz:


“…e foi porque confiava em Deus que Moisés saiu da terra do Egito e não teve medo da ira do rei. Assim ele prosseguiu o seu caminho, parecia que ele podia ver DEUS bem alí do seu lado” Hebreus 11:27

Talvez ele tenha se lembrado da sua impetuosidade não domesticada que o fizera matar o egípicio que estava espancando um de seus parentes distantes…

Talvez tenha se lembrado da incompreensão dos hebreus….. se lembrado dos quarenta anos passados não na metrópole, mas na terra de Mídia, onde se casara, onde se tornara pai de dois meninos e onde trabalhara como pecuarista…. - Talvez tenha se lembrado do estranho fenômeno da sarça que se queimava e não se consumia e daquele tremendo e decisivo encontro com DEUS no monte Horebe, quando a vocação esquecida voltara à tona de modo irreversível…

Eu creio irmãos que todas essas lembranças se elucidavam por que Moisés estava ali à margem do Rio Nilo e agora, à espera de Faraó, oitenta anos depois de ter sido descoberto pela princesa. – E acredito que o seu coração se encheu de gratidão e de determinação!

Nós temos muitas razões para agradecer a Deus pelo ano 2010! Foram tantas as bênçãos do Pai que tentar descreve-las seria como explicar como é ser Feliz! …. e felicidade a gente não explica, a gente sente e acaba transmitindo aos outros.

Assim também são as bênçãos de Deus. Porisso o Salmista se expressa assim no capítulo 126:1“Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião ficamos como quem sonha”…

Podemos dizer que no início deste ano, quando as probabilidades apontavam que este seria um ano muito difícil, de estagnação do trabalho, de mera manutenção do que já vínhamos fazendo, o SENHOR nos deu um ano de grandes bênçãos, realizando o impossível e tornando sonhos em realidade.

Com certeza você também tem muito que agradecer ao Senhor nesta hora. Moisés teve muitas lutas e dificuldades, mas quando ele coloca tudo isso na balança, naquele momento em que ele olha os oitenta anos que se passara, … ele verifica que tinha muito que agradecer ao SENHOR….

Eu convido você, neste momento ímpar da nossa história: quando vamos inaugurar um novo ano, um novo século, um novo milênio … a trazer à sua memória aquilo que te dá esperança e saber que você pertence a um DEUS DE AMOR, e que você pode confiar NELE, descansar NELE, esperar NELE … e declarar que o DEUS a quem você serve nunca falhou e nunca falhará!!!

| Autor: Ely Xavier de Barros | Divulgação: estudosgospel.com.br |

ANO NOVO, ODRE NOVOS,VIDAS NOVA


Marcos 2.18-22
Jesus estava na casa de Mateus, seu mais novo discípulo, escolhido enquanto trabalhava na coletoria de impostos. Junto a Jesus estavam outros discípulos, além de uma série de publicanos e pecadores. Os Fariseus, vendo aquela cena, censuram duramente Jesus por compartilhar a mesa com pecadores. Jesus, ouvindo-os, responde que veio para chamar pecadores e não justos. Em seguida, esses mesmos fariseus, juntamente com os discípulos de João, indagaram a Jesus por que seus discípulos não jejuavam, como eles. Jesus sabia claramente que a Lei de Moisés, padrão moral dos judeus, somente requeria, como lei, um jejum anual, feito do dia da Expiação (Lv. 16.29-34). Sabia também que era costume dos judeus fariseus jejuarem duas vezes por semana. Com tudo isso em mente, Jesus afirma categoricamente que aquela não era hora de Jejum, pois os discípulos estavam perante o noivo, em celebração; quando o noivo se retirar, ai sim era tempo de jejum. A presença de Cristo era sinal de festa e não de lamento e contrição. Por fim, após essas duas arguições, Jesus faz uma desconcertante afirmação via parábola. Jesus fala categoricamente que os fariseus estavam tentando impor panos e vinho novo em roupas e odres velhos. Jesus está falando que os judeus daquele tempo ainda não tinham enxergado que, em Jesus, um novo tempo se instaurava: um novo momento de vida, novidade pra vida, que não podia ser acomodada em sistema ritualístico e costumeiramente antigo. Por não saberem “ler” o seu tempo, os fariseus não conseguiam entender Jesus e seu movimento.Esse ensinamento de Cristo é valioso para esses dias. Vivemos num mundo em constante transformação. Todo dia, em todas as áreas de nossa vida, “novidades” se põem diante de nós. Como lidar com o “novo” que está diante de nós. Jesus nos ensina preceitos a respeito.


1) Não devemos ser resistente àquilo que é novo• Temos, principalmente os cristãos, certa resistência a novidades.
• A bíblia nos afirma categoricamente que nossa vida em Cristo é uma nova vida.
• Resistência ao novo gera atraso, estagnação.


2) Não de pode desfrutar do novo se nossa estrutura é velha• Um pano novo, numa roupa velha, gera mais estragos na roupa, pois conforme o retalho novo encolhe mais rasga a roupa.

• Vinho novo em odre velho se perde, pois, conforme o vinho se fermenta, expande gases. Como o odre velho não possui mais capacidade de dilatação se arrebenta e todo vinho se perde.

• Estruturas velhas não comportam novidades. Em muitas áreas de nossa vida, perdemos a grande oportunidade de crescermos, desenvolvermos, desfrutarmos novas coisas na vida, pois queremos continuar como somos, não aceitamos as mudanças.

• Jesus fala claramente: É IMPOSSIVEL DSFRUTAR DO NOVO SEM ABANDONAR VELHAS ESTRUTURAS. Essas estruturas podem ser: Jeito antigo de ver a vida; Doutrinas humanas; Costumes; Forma de trabalhar,

• Para desfrutar das novidades, precisamos criar novas estruturas na vida. Mas como?- Rm. 6.4: De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.- Rm. 7.6: Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito e não na velhice da letra.- 2 Co. 5.17: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.- A própria vida cristã é considerada, nas Escrituras, como nova vida.- Por que então não continuamos a nos renovar? Tradicionalismo;Acomodação.

• Jesus está pronto para nos renovar, dando oportunidade de desfrutarmos das novidades que Deus tem para cada um. Permitamos que Ele faça isso hoje, em nossas vidas!

| Autor: João Romeu Morelli Neto | Divulgação: estudosgospel.com.br |

CELEBRE SEM MEDO O ANO NOVO


Não acredito em crendices ligadas ao Ano Novo. Mas também não ignoro os efeitos que uma mudança de ano produz no coração de quem deseja uma vida melhor. O Senhor não ignora a nossa maneira de ver o tempo. Antes de formar todas as coisas, criou o tempo — “No princípio” (Gn 1.1) —, ao qual nos condicionou. Ele está no controle de todas as coisas, porém leva em conta nosso tempo.

Muitos expoentes “teologizam” a respeito dos modos diferentes de Deus e o homem verem o tempo. Empregando termos gregos, eles procuram provar que o tempo — da maneira como o ser humano o considera — não tem influência nenhuma sobre a nossa vida. “O que importa”, dizem tais teólogos, “é o kairós de Deus”. Talvez em razão disso alguns irmãos estejam com medo de celebrar o Ano Novo.

Para o Todo-Poderoso não há passado, presente e futuro. Mas para nós, sim. E esses períodos de tempo têm reflexos sobre a nossa vida. A chegada do novo ano nos faz refletir sobre o que passou e vislumbrar um futuro melhor. Acredite: não se trata apenas de mera mudança de calendário.

O que podemos esperar do Ano Novo? Afinal, repito, ninguém pode negar os efeitos — não apenas na esfera psicológica — que uma mudança de ano produz, mesmo para quem é guiado por Deus continuamente e acredita piamente que Ele conduza todas as coisas. Sem dúvidas, o fato de mudarmos de 2012 para 2013 ensejará recomeço, para alguns, novas expectativas, para outros, e esperança de uma vida melhor para todos.

Na noite de 31 de dezembro, se Deus quiser, minha família e eu estaremos na presença do Senhor, a fim de o glorificarmos pelas bênçãos alcançadas em 2012 e buscar ajuda do alto para o Ano Novo. Neste ano que se finda recebemos muitas dádivas da parte do Senhor. Minha esposa alcançou grandes vitórias profissionais. Nossa filha, de oito anos, concluiu o terceiro ano do Ensino Fundamental. E eu fui agraciado com grandes bênçãos, dentre as quais destaco o lançamento de Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar (CPAD), livro que já foi reimpresso neste mesmo ano, para a glória de Deus!

Portanto, caro leitor, se surgirem lutas no começo de 2013, não se abata. Seja fiel. Deus abençoa, e muito, os que lhe são fiéis! Celebremos com alegria o Ano Novo!

| Autor: Ciro Sanches Zibordi | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

ANO NOVO E UMA PARÁBOLA SOBRE BEIJA-FLORES


Busquei dentre palavras, letras e pensamentos, elaborar uma mensagem para o ano novo. Teria que ser algo que impactasse meu ser e consequentemente dos leitores, animando-os em fé e esperança, mas não ignorando as labutas que ocorrem de forma certeira e distinta a cada um de nós. Lembrei-me que Jesus, mestre em parábolas, fazia uso constante da botânica, agronomia e outras ciências dedicadas a natureza, para expressar de forma clara o que era essencial à vida. Lírios, videiras, semeador, servos e senhores, pais e filhos, pão e água, pássaros, são apenas alguns dos elementos que aparecem nos Evangelhos. Incrivelmente, coisas simples, revelando-nos os mistérios e a grandeza do Reino de Deus para os homens. Assim, escolhi também falar sobre pássaros e água como a me (nos) exortar a uma jornada de fé, apoiada no relacionamento sincero e constante com Deus, através de Seu filho Jesus Cristo.

Foi assistindo a um documentários sobre a migração dos beija flores que o espanto e fascínio me sobrevieram: “Como pode um pássaro tão pequenino carregar em si tamanha força? Como pode sobrevoar o mar por tanto tempo, sem se cansar? Que natureza é essa que sai de um lugar a outro do planeta em busca de alimento, sem se perder pelo caminho, conhecendo tão bem sobre tempo e estações? Só pode ser Deus quem guia o beija flor e faz dele um prodígio.” O coração dessa ave bate 480 vezes por minuto quando está em repouso e 1.260 vezes por minuto quando voa, isso é fantástico! É vida pulsando a mil nessa ave, de beleza rara e comportamento monogâmico. E assim, contemplando Deus na natureza, nasceu a parábola do beija flor para guardar como lição na caminhada da vida.

“ Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves.” Ct 2: 11-12

Quando passa o inverno, o beija flor migra por cerca de dois mil e quatrocentos quilômetros em busca de alimento nas flores de primavera. Seu voo alcança uma velocidade média de quarenta quilômetros por hora e ele vai sempre, sempre sobre o mar. São aproximadamente sessenta horas de voo, sem se permitir desanimar. Ele sabe o que o aguarda: flores coloridas e perfumadas, doces e amigáveis, elas são a maior fonte de energia para essas aves, certo? Nada disso, é da água que vem o ânimo do beija flor. A água é seu combustível, por isso que ele sobrevoa o mar em migração, por isso essa proximidade com a água no momento decisivo para sua sobrevivência. E quando observei esse aspecto da migração do beija-flor, logo nasceu um sermão sobre: pássaros, água e cristãos.

Jesus falou que as aves, apesar de tão pequenas e indefesas, eram preciosas aos olhos de Deus: “não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. Mateus 10:29

Jesus também andou sobre as águas como a nos dizer que era possível andar acima de toda e qualquer circunstância adversa, por meio da fé: “Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!” Mateus 14:25-30

A água em diversas passagens Bíblicas é chamada de mayim = vida, sustento, revigoramento, benção, fertilidade. E sendo a vida um mar, é provável que ora esteja em mansidão, ora em tempestades e açoites. O mar sobre o qual Jesus andou estava “balançando” em altas ondas e vento forte. Pedro temeu e por esse motivo afundou. Podemos pensar que é mesmo necessário uma grande fé para “andar sobre as águas”, que homens comuns jamais conseguiriam tal feito, mas Jesus disse: “ Vem Pedro, ao meu encontro, sem vacilar”. E Ele pediria tal coisa a um discípulo se não tivesse certeza de que seria possível cumprir? Pois bem, nessa parábola do beija flor, peço a Deus que nos dê ânimo para “sobrevoar os mares, andar sobre as águas”, sem desanimar. Antes, nos fortalecendo pela certeza de que não há crescimento sem luta, não existe aprendizado e prosperidade na vida espiritual se não deixarmos a comodidade do barco, o continente onde as flores murcharam, e seguir em direção a um novo caminho, às flores de primavera.

Novo ano, chega com expectativas e esperanças, quem sabe, você pode está sem ânimo, se considerando pequeno diante de situações, lembre-se que Jesus nos convidou a “andar sobre o mar”, porque esse mar haveria de passar. Lembre-se que o beija flor é mui pequenino, mas demonstra uma força tremenda quando se alimenta da água (mar, vida) para seguir adiante. Não deixemos que as dificuldades nos abatam, mas façamos delas, combustível para seguirmos mais firmes na caminhada com Deus. E se estamos com Deus, Ele mesmo firmará nossos passos, para vivermos coisas novas e melhores.

"Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se perca o que é manco; antes seja curado" Hb 12: 12-13.

2013 pode ser diferente, mas não apenas porque é uma nova data, uma fronteira que atravessamos no tempo, mas porque e principalmente nós estamos dispostos a mudarmos, e não por nós mesmos, mas firmados em Cristo Jesus, o Único capaz de provocar de fato, mudanças verdadeiras, partindo do nosso interior. Cometi erros em 2012, enfrentei conflitos e batalhas que me serviram de lição. Existe um tempo em que o mar se revolta, movido pelas mãos de Deus. Outro tempo, em que estamos vendo a tempestade se aproximar e ignoramos seus perigos. Enfim, a vida pode ser previsível, mas sua natureza é de mistério: não conhecemos nosso futuro. Por essa causa, Deus é soberano, com Ele está a vida, o poder e a graça que nos favorece. Penso que o que de mais importante poderíamos almejar para 2013 , seria crescer no relacionamento com Deus. Assim mesmo de mãos fracas, joelhos trôpegos, mares calmos ou revoltos, Ele estará conosco, e isso é tudo! Quando o homem se une a Deus, não perde o ânimo e a paz, mesmo nos dias maus.

Tem algo que julgo importante comentar sobre a fronteira: passado, presente e futuro. É que muitas vezes, vejo pessoas dizendo que querem esquecer tudo que passou para viver uma nova vida. Pela graça, de fato, somos perdoados por Deus e Ele nos afirma: “apago tuas transgressões, por amor de mim e dos seus pecados não me lembro mais” Is 43:2. Não é bom trazer na memória os pecados cometidos, mas é mister, utilizarmos nosso passado para construir um novo futuro:

"Ninguém pode voltar atrás e começar um novo começo, mas qualquer um pode começar hoje e fazer um novo final" (Desconhecido)

Que entre beija-flores e mares, se faça em nós novos caminhos, vivos e férteis pela nascente da Água da Vida que é Jesus. Precisamos estar sempre próximos dessa fonte que jorra, em movimento de graça, porque daí vem o combustível para cada novo ano que se inicia. Beija flor sem água, não existiria. Que essa água, em todos os seus significados seja motivo de fé e força para cada um de nós e assim, em um novo tempo, as amigáveis flores de primavera estarão a nossa espera como a festejar a vida, as batalhas vencidas, as fronteiras construídas ligando o ontem e o hoje em esperança de um amanhã próspero em paz, amor e comunhão com o Deus que renova nossas forças.

Obrigada Senhor, por mais um ano, por seu amor e cuidado.

Feliz 2013 para todos, Deus os abençoe !!

| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |